Amigos, nessa quarta feira dia 14/07/2010 publicaram uma reportagem sobre nosso clube.
Foi mencionado também na rádio Terê FM 93,7.
Abaixo scan do jornal publicado hoje.
Mais um clube de carros antigos em Teresópolis
- “Amigos do Antigo” quer preservar a memória automobilística e a amizade entre os apaixonados pelas “raridades”
Marcello Medeiros
Pouquíssimas pessoas que estavam no Alto no último domingo deixaram de parar ou torcer o pescoço para admirar uma carreata bem diferente: quinze automóveis antigos ou raros “desfilaram” pelas principais avenidas do bairro até chegar ao Soberbo, onde alguns dos integrantes do clube Amigos do Antigo se reuniram. O pequeno encontro foi realizado para divulgar o recém criado grupo, que se reúne todos os sábados no Posto Resende com o objetivo de preservar a memória automobilística e a amizade entre os apaixonados pelos carros antigos. “Nossa idéia é reunir pessoas com o mesmo gosto, a mesma paixão por esses veículos, independente do ano, modelo ou estado. Geralmente as pessoas que tem carros mais simples se sentem inferiorizadas e não costumam procurar os clubes, conceito que queremos mudar na cidade abrindo as portas para qualquer tipo de veículo”, atenta Leonardo Campos, 45, que no domingo saiu com sua Lincoln Cosmopolitan, ano 49. “Esse é um modelo raro, único no Brasil, mas que não reflete a idéia do nosso clube. Há veículos como esse, mas também carros simples, como disse, vistos rodando por aí diariamente”, completa.
A primeira reunião do Amigos do Antigo aconteceu no dia 17 de janeiro de 2009, em frente a Casa de Cultura. “Nesse primeiro encontro só eu apareci. Marquei com um pessoal, mas ninguém apareceu. Na semana seguinte, já havia conversado com o amigo Renildo, que, como grande incentivador do antigomobilismo, cedeu o espaço no seu posto (Irmãos Resende, na Avenida Feliciano Sodré), e já apareceram oito carros. Daí em diante foi só aumentando e atualmente temos aproximadamente 50 amigos participando das reuniões”, relata Henrique “Marujo”, proprietário, entre outros, de um Opala Special 72.
Com a troca de informações sobre a restauração dos veículos, desde detalhes sobre cor e acessórios, e indicações sobre locais onde encontrar peças, o número de colecionadores tem aumentado na cidade. Nas reuniões de todos os sábados, sempre a partir das 21h30, além dos teresopolitanos o Amigos do Antigo tem recebido apaixonados por carros vindos de Guapimirim, Petrópolis e Nova Friburgo.
No encontro do domingo, o colecionador Sergio Castelo Branco desfilou com seu bonito Opala SS ano 78, um dos carros de sua coleção e que chama a atenção por onde passa. “Para mim esse era um sonho de infância. Via esse carro passando e pensava quando iria ter um desses. Juntei dinheiro por um tempo para comprá-lo e agora ele virou a paixão da família também”, conta Sérgio, que possui ainda outros quatro veículos, entres um Dodge Dart ano 75, com apenas 40 mil km rodados.
Aficionado pelos carros mais potentes, Marcelo Ferreira, de 33 anos, esteve no Soberbo com seu Landau oito cilindros. “Este é um modelo 1979, equipado com um motor V8 302, o mesmo do Maverick GT. Era um sonho de criança, pois cresci em oficinas e sempre dizia para meu pai que iria ter um desses quando crescesse. Ainda vai passar por um processo de restauração, mas, assim como os outros carros que tenho, procuro mantê-lo em funcionamento para poder se reunir com a galera para momentos como esse”, relata Marcelo, que entre seus outros veículos destaca o Dodge Charger RT.
Outro frequentador do clube é Leonardo Campos Filho, que tem apenas 21 anos, dez a menos do que uma de suas paixões, uma Santa Matilde ano 79 - que chama a atenção por onde chama por causa das linhas esportivas e o ronco forte do motor. “Esse carro era o ápice do esportivo na época, fabricado em Três Rios. Usa a mecânica do Opala 6 cilindros, foi feita em cima da base do Opala e, na verdade, acabou tendo mais reconhecimento que esse carro por consertar os erros cometidos pelo modelo da GM”, destaca.
Waldir José de Moraes, de 67 anos, possui dois Passats Pointer, um modelo 88/89 na cor prata e um 89 vermelho, veículo até hoje muito cobiçado pela “garotada” pela sua esportividade e potência. “Desde que esse carro foi lançado sou apaixonado por ele. Já tive vários modelos e até tenho outro veículo hoje, mas gosto mesmo é dos Passats”, disse Waldir, que no domingo saiu com o prata. “O outro é ainda mais raro. Segundo pesquisei, só vieram 19 para o estado do Rio”, completa.
Independente do carro, modelo e ano, os apaixonados por veículos podem frequentar o clube. Aliás, como fazem questão de destacar os integrantes do Amigos do Antigo, não é nem necessário ter carro. “Temos colegas que colecionam miniaturas, bicicletas e outras coisas. E também tem aquelas pessoas que pensam em comprar um carro antigo que podem obter informações conosco”, lembra Marcelo Ferreira. O endereço eletrônico do clube é o www.amigosdoantigo.blogspot.com
